Sabe aquela sensação desconfortável por ficar muito tempo sem ir ao banheiro? Quem nunca sofreu pela sensação de aperto e distenção abdominal? Isso pode ser constipação intestinal, um problema tão comum quanto a quantidade de nome que recebe por quem sofre deste mal, que pode atacar pessoas de todas as idades. Segundo a Sociedade Brasileira de coloproctologia, cerca de 30% dos brasileiros sofrem deste problema.
Constipação intestinal, também conhecida como intestino lento, intestino ressecado, intestino preso, são algumas das inúmeras maneiras usadas pelos pacientes ao se referir ao seu ritmo intestinal.
Se for sentido ocasionalmente não é considerado um problema sério. Porém se o distúrbio se torna rotina e a sensação de mal-estar é constante, você deve prestar atenção.
A constipação intestinal é definida como uma alteração no funcionamento do intestino com duração mínima de três meses onde o paciente poderá ter uma frequência evacuatória menor que três vezes por semana com alteração no ato de evacuar e na qualidade das fezes, ou seja, fezes ressecadas com muita dificuldade para expelir.
O que pouca gente sabe é como a constipação se desenvolve, a alimentação pode ser uma das causas. Quando nos alimentamos, os alimentos seguem pelo sistema digestivo até o intestino, que se movimenta para empurrar o bolo alimentar e extrair nutrientes. Se esses movimentos diminuem, o organismo absorve água em excesso, tornando as fezes secas. É isso que causa dor.
Fatores mais comuns que causam a constipação pode ser o baixo consumo de fibras, de líquidos, a falta de exercícios físicos, ignorar a vontade de ir ao banheiro, estresse, ansiedade e até mesmo a mudança na rotina, como viagens.
Depois de compreender que cada pessoa tem seu ritmo, existem algumas atitudes simples para aliviar os sintomas em longo prazo para reduzir a constipação. Consumir mais fibras, beber muito líquido, exercitar-se com frequência, não “prender” quando tiver vontade de ir ao banheiro, fazer as refeições nos mesmos horários todos os dias e mastigar bastante e lentamente são coisas simples de corrigir no dia a dia.
Mas se você observar alguma das características como a mudança nos hábitos intestinais persistindo por mais de duas semanas, constipação por mais de sete dias, mesmo depois de esforços como mudança na dieta e exercícios físicos, sangue nas fezes e forte dor abdominal, procure orientação de um profissional.
O médico proctologista pode realizar exames e sugerir tratamentos como laxantes e suplemento de fibras. Existem diferentes tratamentos para diferentes pessoas, deixe que seu médico indique o mais adequado.
Mardem Machado é proctologista e diretor clínico do Instituto de Gastroenterologia e Proctologia Avançado (IGPA)