Endoscopia alta ajuda a diagnosticar desde um refluxo ao câncer de estômago

A endoscopia é capaz de identificar sinais de uma série de doenças muito comuns do trato digestivo, como gastrites e refluxo, além de ajudar no diagnóstico de doenças mais graves, como hérnia de hiato e câncer de estômago.

Quem explica é o médico endoscopista Joaquim Carvalho, membro da equipe de profissionais do Centro de Endoscopia de Cuiabá (CEC), que presta serviços para o Instituto Gastro e Proctologia Avançado (IGPA) e também realiza exames na Clínica Vida Diagnóstico e Saúde, de Várzea Grande.

A endoscopia digestiva alta, detalha o Dr. Joaquim Carvalho, permite que o médico examine o revestimento da parte superior do trato gastrointestinal, que inclui esôfago, estômago e duodeno (primeira porção do intestino delgado).

“O endoscopista usará um tubo fino e flexível chamado endoscópio, que possui lente e fonte de luz próprias, e exibirá as imagens em um monitor de vídeo”, explica.

A endoscopia digestiva alta ajuda o médico a avaliar os sintomas de dor abdominal superior persistente, náusea, vômito ou dificuldade em engolir. É o melhor teste para encontrar a causa do sangramento no trato gastrointestinal superior. Também é mais preciso que os filmes de raios X para detectar inflamação, úlceras e tumores do esôfago, estômago e duodeno.

“A endoscopia digestiva alta poderá ser utilizada para o médico obter uma biópsia, que ajuda a distinguir entre tecidos benignos e malignos. Importante ressaltar que as biópsias são feitas por vários motivos, e o médico pode pedir uma mesmo que não suspeite de câncer. A biópsia pode atestar, por exemplo, a bactéria que causa úlceras”.

Para ser submetido à endoscopia, o paciente deve estar com o estômago vazio; portanto, não deve comer nem beber nada, incluindo água, por aproximadamente até oito horas antes do exame.

Dr. Joaquim Carvalho explica que o exame começando com a pulverização da garganta com um anestésico local ou aplicando um sedativo para ajudar o paciente a relaxar. Feito isto, o paciente é colocado de lado e o médico passará o endoscópio pela boca e entrará no esôfago, estômago e duodeno. O endoscópio não interfere na respiração. A maioria dos pacientes dorme durante o procedimento. Após a endoscopia, o paciente é monitorado até que a maioria dos efeitos da medicação acabe.

Se o paciente recebeu sedativos durante o procedimento, alguém deve levá-lo para casa e ficar ao lado dele por algum tempo. “Mesmo se a pessoa se sentir alerta após o procedimento, seu julgamento e reflexos poderão ser prejudicados pelo resto do dia”.

“Embora possam ocorrer complicações, elas são raras quando médicos que são especialmente treinados e experientes nesse procedimento realizam o teste. O sangramento pode ocorrer no local da biópsia ou onde um pólipo foi removido, mas geralmente é mínimo e raramente requer acompanhamento. Qualquer alteração deve ser comunicada ao médico”.

O endoscopista Dr. Joaquim Carvalho tem Especialização em Cirurgia Geral e Especialização em Cirurgia Geral Avançada (Intensificação em Cirurgia Videolaparoscópica, Oncológica e Bariátrica) no Hospital do Mandaqui , São Paulo; Especialização em Endoscopia Peroral na Santa Casa de São Paulo – São Paulo – SP, 2006-2008, entre outros títulos.

É membro titular da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) e American Society for Gastrointestinal Endoscopy (ASGE). Em São Paulo, foi Preceptor do Programa de Residência em Endoscopia na Santa Casa de São Paulo, Instrutor do Centro Franco-Brasileiro de Ecoendoscopia da Santa Casa, atuou como médico endoscopista no Hospital Samaritano, Hospital Israelita Albert Einstein, e no Laboratório Fleury.