Fisioterapeuta é fundamental para a reabilitação pós cirurgias de próstata

Pacientes submetidos a cirurgias de próstata podem sentir algumas sequelas deixadas pelo tumor, como a incontinência urinária e a disfunção erétil. Mesmo que o diagnóstico e o tratamento tenham sido realizados por um médico especialista, é fundamental o trabalho do fisioterapeuta para reverter as consequências causadas pela doença e reabilitação do paciente pós cirurgias de próstata.

O câncer de próstata é um tipo de tumor que pode se desenvolver lentamente ou de forma mais acelerada atingindo outros órgãos. Esta doença aparece normalmente em homens com idade acima dos 40 anos.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, 20% dos pacientes diagnosticados estão em uma fase avançada da doença, sem contar a taxa de mortalidade de 25%. Portanto, o tratamento mais indicado é a prostatectomia radical, mais popularmente conhecida como cirurgia da próstata.

A fisioterapeuta pélvica Juliana Miranda, que integra a equipe multidisciplinar do Instituto de Gastro e Proctologia Avançado (IGPA), explica que, no entanto, mesmo sendo o melhor método no combate a esse tipo de tumor, a prostatectomia pode contribuir para o surgimento de futuras sequelas, como, por exemplo, a incontinência urinária e fecal, sendo a mais comum entre muitas outras.

Conforme estudos realizados, essas reações aparecem de 5% a 60% dos casos.

“Essas sequelas incidem de modo expressivo no dia a dia do paciente podendo gerar incômodos, levando-o a se distanciar do convívio social”, observa a especialista.

A fisioterapia é forte aliada para esse tipo de tratamento pós-operatório. A prática tem como objetivo reativar a musculatura do assoalho pélvico que, por sua vez, implica na perda da urina e das fezes por ficar mais frágil após a operação cirúrgica.

“Pode ser feito através de exercícios exclusivos e recursos apropriados, assim como a eletroestimulação, uma técnica que faz o uso de correntes elétricas com baixa intensidade para estimular os músculos”, pontua Dra. Juliana.

Recuperação

Pode-se considerar que quanto mais prematuro o tratamento, a recuperação será mais rápida e os agravos sociais causados devido à alteração serão menores. O tempo estimado do tratamento pode levar de 2 a 3 meses e tem os resultados mais assertivos, principalmente se o paciente for fiel nos exercícios em casa.

“Portanto, o trabalho de fortalecimento global muscular deve acontecer independentemente de o paciente estar curado, mas a autorização da clínica é precisa. Dessa forma, vale ressaltar que um tratamento de boa qualidade inicia já na prevenção e todo o acompanhamento periódico do paciente, quebrando os tabus e mitos relacionados à doença”, finaliza a fisioterapeuta.

Sobre o IGPA

O IGPA, localizado na Rua Barão de Melgaço, 2777, Centro Sul, em Cuiabá (MT), é especializado em Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs) e conta com uma equipe profissional multidisciplinar como coloproctologista, gastroenterologista, hepatologista, nutricionista e fisioterapeuta.