Atingindo na maioria das vezes pessoas acima de 50 anos, a hérnia de hiato é uma doença em que parte do estômago se projeta para dentro do tórax por meio de uma abertura do diafragma. O gastroenterologista e endoscopista Roberto Barreto, que integra a equipe do Instituto de Gastro e Proctologia Avançada (IGPA), explica que ainda não se sabe o motivo da doença acontecer, mas cientistas acreditam que é devido ao enfraquecimento da musculatura.
“Hérnia de hiato é mais comum em pessoas acima dos 50 anos de idade e em pessoas com obesidade ou com excesso de peso, mas pode ocorrer em qualquer idade e em indivíduos magros”, informa Barreto.
O diafragma é a camada de músculo que separa o tórax do abdômen e é utilizado na respiração. Nele há uma abertura que se chama hiato diafragmático e acredita-se que quando o tecido muscular dessa abertura se enfraquece a parte superior do estômago invade a cavidade torácica por meio do diafragma.
“A hérnia de hiato em geral causa uma perda de força da musculatura da passagem do esôfago para o estômago, causando o refluxo, que é o retorno do conteúdo do estômago para o esôfago, e é a causa mais comum de refluxo gastro esofágico”, explica o especialista.
Entre os sintomas da doença está azia, que costuma piorar quando a pessoa se deita ou curva-se para frente, arrotos, dificuldade para engolir, fadiga e dor no peito.
O médico explica que a hérnia de hiato apenas causa sintomas quando muito volumosa e pode dificultar a passagem do alimento pelo esôfago ou pela compressão dos pulmões pelo estômago no interior do tórax nas grandes hérnias.
“A dor e o desconforto são normalmente causados pelo refluxo de ácido gástrico, ar ou bile. O refluxo ocorre mais facilmente quando a pessoa tem a hérnia de hiato, embora essa não seja a única causa do refluxo”.
É importante procurar um médico para o diagnóstico correto. A doença pode ser descoberta através de um Raio-X do trato digestivo superior e uma endoscopia para examinar o interior do trato digestivo.
“Os objetivos do tratamento da hérnia de hiato são o alívio dos sintomas e a prevenção de possíveis complicações”, conclui Roberto Barreto.
