O Instituto de Gastro e Proctologia Avançada (IGPA) começou a realizar a partir desta semana o teste respiratório de intolerância à lactose, frutose e supercrescimento bacteriano do intestino delgado.
Este exame utiliza a medida do hidrogênio na respiração para diagnosticar várias condições que podem gerar dor abdominal, “estufamento”, flatulência e diarreia. Detecta o hidrogênio exalado pelos pulmões, formado a partir da fermentação dos açúcares que não foram absorvidos pelo intestino, por falta de algumas enzimas, por exemplo do leite, a lactase.
De acordo com a gastroenterologista Luciana Rocha de Almeida, o açúcar não digerido (lactose do leite, frutose das frutas e sacarose do açúcar comum) passa pelo intestino grosso, sofre ação de bactérias, havendo a liberação de hidrogênio, que é absorvido pelas paredes do intestino, dissolvido no sangue e eliminado pelos pulmões. A concentração aumentada do hidrogênio expirado, após a ingestão de uma dose padrão do açúcar estudado, caracteriza uma má absorção ou intolerância.
É considerado o melhor exame para o diagnóstico de intolerância à lactose, com grande sensibilidade e especificidade, sendo não invasivo (sem coleta de sangue), indolor, o que facilita sua realização por gestantes e crianças.
O exame é importante para detectar a presença de intolerância na absorção de alguns alimentos como leite e derivados (lactose), frutas (frutose) e constatar a presença de supercrescimento bacteriano do intestino delgado (SIBO).
Como é realizado: Antes do teste, é feito um jejum de 12 horas. Será fornecido as orientações sobre os cuidados a serem realizados e a dieta que antecederá o exame. O paciente assoprará lentamente um aparelho portátil (Easy H2), no qual há uma boqueira descartável (de uso individual) e um filtro antibacteriano de fluxo único que impede a contaminação por vírus e bactérias.
O aparelho mede a concentração inicial de hidrogênio. Depois se ingere uma pequena quantidade do açúcar a ser estudado e se coleta amostras seriadas do ar expirado no aparelho. O hidrogênio no ar expirado é medido a cada 15 e 30 minutos por até três horas. Durante as todas a medidas serão questionadas a presença de sintomas.