Maio Roxo: Fique atento aos sintomas das doenças inflamatórias intestinais, alerta Dr. Mardem Machado

Estamos no “Maio Roxo”, período de conscientização a respeito de doenças inflamatórias intestinais (DIIs). O coloproctologista Mardem Machado, do Instituto de Gastro e Proctologia Avançada (IGPA), fala sobre os tipos de DIIs e ressalta a importância do diagnóstico precoce.

O especialista explica que o termo doenças inflamatórias intestinais inclui dois tipos diferentes de inflamação intestinal crônica, sendo a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, ambas ainda de causas desconhecidas. A principal diferença entre as duas doenças é o local em que acontecem.

“A doença de Crohn é uma inflamação crônica que pode acontecer em qualquer parte do tubo digestivo. Ela é mais comum na parte inferior do intestino delgado e intestino grosso. Já a retocolite ulcerativa é uma inflamação que ocorre na mucosa do intestino grosso, acompanhada de diarreia crônica com sangue e anemia”, detalha.

Segundo Mardem Machado, as doenças inflamatórias intestinais não tem uma causa definida, mas podem estar associadas a fatores como consumo exagerado de comidas industrializadas e com alto índice de gordura, questões hereditárias e imunológicas.

Os sintomas mais comuns para as DIIs são a diarreia, com pus, muco ou sangue, cólicas, gases, fraqueza, perda de apetite e febre. Conforme as informações da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), as inflamações atingem principalmente os jovens entre 20 e 40 anos, que quanto mais cedo forem diagnosticados, melhores são as chances de um tratamento adequado e que não afete tanto no dia a dia.

Assim como a retocolite ulcerativa, o diagnóstico da doença de Crohn é feito por um exame de colonoscopia com biópsia, além de outros exames como tomografia computadorizada, ressonância magnética e exames laboratoriais.

“O tratamento pode ser realizado tanto com medicação, quanto com cirurgia. Em alguns pacientes é necessária a confecção de estomas, que são bolsas coletoras de fezes. Além disso, também uma alimentação balanceada”, finaliza o coloproctologista Machado Machado.