Há dois tipos de fome, a física e a emocional. Uma é a necessidade do organismo, sujeita a efeitos fisiológicos, e a outra é ligada ao desejo, ao prazer e pode desaparecer. Quem esclarece é a nutricionista Fernanda Branco, integrante da equipe multidisciplinar do Instituto de Gastro e Proctologia Avançada (IGPA), de Cuiabá.
A nutricionista alerta que as pessoas devem ter um relacionamento harmonioso com a alimentação, entendendo suas vontades e necessidades. Se alimentar é muito mais do que uma necessidade fisiológica, é uma ação afetiva, hábitos, cultura, religião, crenças, conforme esclarece a nutricionista.
E, segundo Fernanda Brando, apesar de ser um ato automático, o corpo dá sinais se o que a pessoa está sentindo é uma fome fisiológica ou emocional.
“A fome fisiológica não está relacionada com alimentos específicos, e é quando o corpo manda sinais, como: dores de cabeça, dores de estômago, irritação, além de surgir gradualmente e a última refeição já ter sido feita há algum tempo”, explica a especialista, observando que a fome fisiológica é a necessidade do organismo por aquela refeição.
Já a fome psicológica/emocional, é aquela que surge repentinamente e pode “sumir” após alguma distração. “Geralmente é fome/desejo de um alimento específico e você sabe que se comer este alimento irá te trazer um prazer, um conforto, ou até mesmo pode ser por recompensa, por exemplo, após um dia exaustivo no trabalho”.
Fernanda Branco ressalta que a relação equilibrada gera um relacionamento saudável com a comida e um entendimento de que não é um único alimento isolado que irá fazer mal ou bem, mas o segredo está no equilíbrio.