Probióticos. Por que não manipular?

Por Dra. Luciana Rocha

Os probióticos são microorganismos (bactérias, vírus e fungos) presentes em nosso corpo e que habitam principalmente nosso intestino.

Esses microorganismos não são iguais, visto que há uma grande variação de cepas (tipo de probiótico) e ainda não se sabe ao certo se a combinação de mais de um probiótico é benéfica.

Por exemplo, fórmulas manipuladas, em geral, incluem mais de uma cepas.

Sabe-se que alguns tipos de probióticos não devem ser comercializados em forma de cápsulas, pois o processo poderia inativá-los.

E outros devem vir em forma de cápsulas para que possam chegar viáveis ao local de ação.

Algumas cepas podem ser inativadas pelo ácido do estômago, por isso é importante que, além de ter tecnologia que garanta essa viabilidade, eles não sejam consumidos em jejum (ao contrário do que muitas pessoas pensam).

A manipulação desses produtos traz diversas incertezas quanto ao conhecimento da cepa (tipo de microoganismo) existente no produto, quantidade de colônias (número de microorganismos) e sua viabilidade (capacidade de chegarem vivos onde vão agir).

Portanto, eu quanto gastroenterologista sempre prefiro prescrever as marcas certificadas de laboratórios confiáveis, tendo a certeza que realmente fará o efeito desejado e esperado.

Drª Luciana Rocha Almeida é gastroenterologista e integra a equipe do IGPA.