1ª Jornada Mato-grossense de Doenças Inflamatórias Intestinais acontece dia 19 de maio e é voltado para médicos gastroenterologistas e proctologistas
Em alusão ao “Maio Roxo”, mês de conscientização sobre as doenças inflamatórias intestinais, o Grupo de Estudos de Doença Inflamatória Intestinal (GEDII) com apoio do Instituto de Gastroenterologia e Proctologia Avançado (IGPA) realizará no próximo dia 19, a partir das 8h, no Hotel Gran Odara, a 1ª Jornada Mato-grossense de Doenças Inflamatórias Intestinais.
Na programação do evento que é gratuito e voltado para médicos gastroenterologistas e proctologistas, sete palestrantes debaterão sobre as últimas novidades sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs). Entre os temas abordados estão: “Novas Drogas no Manejo da Doença de Crohn”; “Estratégia Cirúrgica na Abordagem da Doença de Crohn” e a “Colonoscopia na DII”.
Segundo dados apresentados no I Congresso Brasileiro de Doenças Inflamatórias no Brasil (GEBIID), no Brasil, as DIIs atingem 13,25 em cada 100 mil habitantes, sendo 53,83% de doenças de Crohn e 46,16% de retocolite ulcerativa.
Um dos palestrantes, o doutor Mardem Machado, que é proctologista e diretor clínico do IGPA, fala sobre o intuito da realização do evento. “A intenção é disseminar informações sobre as DIIs e de apoiar o ‘Maio Roxo’, já que dia 19 de maio é lembrado como Dia Mundial de Combate à Doença Inflamatória Intestinal. Vamos compartilhar experiências e conhecimentos sobre este tema com outros médicos e isso deve agregar ao lado profissional de cada um”, ressalta Machado.
Para o proctologista, apesar de as DIIs não terem cura e a origem não estar completamente esclarecida é fundamental a discussão sobre este problema. “Apesar de não haver cura, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem permitir uma melhor qualidade de vida ao paciente”, afirma Mardem.
Doença de Crohn
A doença de Crohn pode se manifestar em qualquer parte do tubo digestivo (da boca ao ânus), sendo mais comum no final do intestino delgado e do grosso. Entre os sintomas principais estão diarreia, sangue nas fezes, anemia, dor no abdome, perda de peso. Mais raramente há estomatites (inflamações na boca). Também pode atingir pele, articulações, olhos, fígado e vasos. A doença mescla crises agudas recorrentes, leves a graves, e períodos de ausência de sintomas.
Retocolite ulcerativa
A retocolite ulcerativa caracteriza-se por inflamação da mucosa do intestino grosso, apresentando diarreia crônica com sangue e anemia. O reto quase sempre está afetado, sendo às vezes o único segmento. Não há lesões no intestino delgado, o que constitui característica da doença, muitas vezes sendo o fator primordial para diferenciá-la da doença de Crohn. A inflamação pode vir a se tornar muito grave, com hemorragias maciças e perfuração intestinal, necessitando de cirurgias de urgência. O diagnóstico é feito principalmente pela colonoscopia com biópsias.
PROGRAMAÇÃO
8h: Solenidade de abertura
8h15: Estratégia Cirúrgica na Abordagem da Doença de Crohn, com o palestrante Rogério Parra de São Paulo
8h45: Novas Drogas no Manejo da Doença de Crohn, com Mauro Baffuto de Goiás
9h15: Impacto da Terapia Biológica na Cirurgia da RCUI, com Dannilo Brito Silveira, do Distrito Federal
9h45: Intratabilidade Clínica com Terapia Convencional Como Tratar, com Julio Chebli, de Minas Gerais
10h15: Colonoscopia na DII, com José Luiz Paccos, de São Paulo
11h30: Caso Clínico 1, RCUI, com Felipe Azevedo e Silva de Mato Grosso
12h30: Caso Clínico 2, Doença de Crohn, com Mardem Machado de Souza, de Mato Grosso